Prevalência de indícios de depressão em estudantes de medicina em Belém, Pará

Autores

  • Andressa Miléo Ferraioli Silva Universidade do Estado do Pará
  • Vitor Hugo Nunes do Nascimento Universidade do Estado do Pará
  • Wanessa Cardoso Praia Universidade do Estado do Pará
  • Jorge Tadeu Campos Paixão Universidade do Estado do Pará
  • Luis Fernando Freitas de Sousa Universidade do Estado do Pará
  • Sérgio Cunha Trindade Júnior Universidade do Estado do Pará
  • Luciana Brandão Carreira Universidade do Estado do Pará

DOI:

https://doi.org/10.4322/prmj.2019.017

Palavras-chave:

estudantes de medicina, depressão, saúde mental, educação médica

Resumo

Objetivo: Determinar a prevalência de indícios de depressão e sua quantificação em estudantes de Medicina segundo o Inventário de Depressão de Beck. Método: Foram analisados protocolos de pesquisa aplicados para 220 alunos de medicina do 1° ano e 4° ano de instituições pública e particular em Belém/PA. Foram coletados dados referentes a idade, sexo, estado civil, procedência, entre outros. Utilizou-se o Inventário de Depressão de Beck para avaliar a presença do transtorno depressivo. Resultados: A faixa etária predominante foi de 19 a 22 anos, representando 50,9%. Dos entrevistados, 62,7% foram mulheres. Quanto ao estado civil, apenas 5% dos alunos eram casados e 95%, solteiros. Aproximadamente 79,1% dos alunos eram procedentes de Belém e somente 5% provenientes de outro estado. Finalmente, o grau de depressão encontrado foi: 59,5% sem depressão, 25,1% leve/ moderada, 7,7% moderada/ grave e 3,6% gravíssima. Foi predominante a presença de sinais depressivos leves em acadêmicos do 1º ano de ambas as universidades (32,5%) quando comparadas com do 4º ano (25%). Ademais, os índices de alunos que não apresentavam sinais de transtorno depressivo foram mais elevados em alunos do 1º ano da instituição pública (65,2%), enquanto o contrário ocorreu na instituição particular, onde tal taxa foi maior entre os alunos do 4º ano (74%). Conclusão: Dessa forma, percebe-se que há presença de indícios depressivos entre os estudantes de medicina de ambas as universidades, logo, é importante realizar medidas que visem o reconhecimento de estudantes com suspeita de depressão para uma melhor orientação psicopedagógica.

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Biografia do Autor

Andressa Miléo Ferraioli Silva, Universidade do Estado do Pará

Médica formada pela Universidade do Estado do Pará.

Vitor Hugo Nunes do Nascimento, Universidade do Estado do Pará

Médico formado pela Universidade do Estado do Pará.

Wanessa Cardoso Praia, Universidade do Estado do Pará

Médica formada pela Universidade do Estado do Pará.

Jorge Tadeu Campos Paixão, Universidade do Estado do Pará

Médico formado pela Universidade do Estado do Pará.

Luis Fernando Freitas de Sousa, Universidade do Estado do Pará

Graduando da Universidade do Estado do Pará.

Sérgio Cunha Trindade Júnior, Universidade do Estado do Pará

Graduando da Universidade do Estado do Pará.

Luciana Brandão Carreira, Universidade do Estado do Pará

Professora do curso de medicina da Universidade do Estado do Pará.

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Publicado

2022-09-29

Como Citar

Silva, A. M. F., Nascimento, V. H. N. do, Praia, W. C., Paixão, J. T. C., Sousa, L. F. F. de, Trindade Júnior, S. C., & Carreira, L. B. (2022). Prevalência de indícios de depressão em estudantes de medicina em Belém, Pará. Pará Research Medical Journal, 3(2), 1–7. https://doi.org/10.4322/prmj.2019.017

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa