Frequência de anticorpos anti-eritrocitários em possíveis casos de doença hemolítica perinatal evidenciados laboratorialmente na Fundação Hemopa
DOI:
https://doi.org/10.5327/prmj.2021.008Palabras clave:
anemia hemolítica, gravidez de alto risco , eritrócitosResumen
Objetivo: Descrever a frequência de anticorpos anti-eritrocitários possivelmente envolvidos em casos de doença hemolítica do recém-nascido evidenciados laboratorialmente na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, a partir da análise de laudos imuno-hematológicos de recém-nascidos arquivados no Laboratório de Imuno-hematologia da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará, cujos exames laboratoriais foram realizados no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Foram obtidos os dados referentes à Tipagem ABO/Rh(D); Teste de Antiglobulina Direta; Pesquisa de Anticorpos Irregulares; Eluato, nos quais foram transcritos para o programa Microsoft Excel para posterior análise descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Pública Estadual do Hospital das Clínicas Gaspar Vianna, sob o parecer de nº 3.435.869. Resultados: Um total de 37 laudos foram analisados, observou-se evidência laboratorial de 34 casos de Teste de Antiglobulina Direta positivo, destes, 22 apresentaram teste do eluato positivo. A maior frequência dos possíveis casos descritos foi relacionada ao anticorpo anti-D (19/22; 86,4%), seguido do anti-c (1/22; 4,5%) e associações de anticorpos clinicamente significantes (2/22; 9,1%). Conclusão: O anticorpo mais frequente evidenciado foi o anti-D, entretanto, chama-se atenção para outros aloanticorpos anti-eritrocitários observados, sendo relevante evidências científicas acerca da temática.
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