Estratégias de combate ao óbito materno no âmbito hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.4322/prmj.2017.039Palabras clave:
mortalidade materna, administração em saúde, segurança do pacienteResumen
Introdução: a mortalidade materna representa ainda um grande problema para a saúde pública, muitas mortes obstétricas são evitáveis. Uma análise detalhada dos óbitos possibilita o desenvolvimento de intervenções adequadas para prevenir essas mortes. Objetivo: Comparar a tendência de óbitos maternos ocorridos em hospital de referência para gestação de alto risco antes e após a implementação de estratégias de combate à mortalidade materna. Método: buscou-se as seguintes variáveis: estratégias de combate à mortalidade materna, taxa e razão de mortalidade materna. Utilizou-se o teste do qui-quadrado tendência para identificar se houve aumento ou redução dos óbitos maternos no período antes e após as estratégias serem implantadas. Resultados: as estratégias encontradas foram: 1-elaborar protocolo assistencial; 2-divulgação e treinamento sobre o protocolo; 3- rede social para divulgar informações; 4- ferramentas para otimizar comunicação da equipe; 5- empoderar paciente e seu acompanhante; 6- não trocar pessoa destinada a um serviço; 7- detecção precoce da deteriorização da paciente; 8- criar time de resposta rápida; 9- otimizar a oferta de leitos; 10- plano terapêutico individualizado; 11- ações preventivas para reduzir quedas; 12- fomentar lavagem adequada das mãos. Observou-se tendência de aumento dos óbitos maternos no período anterior a implementação das estratégias, e tendência de redução após serem efetivadas, 2013-2016. Conclusão: de 2013 a 2016, quando as 12 estratégias descritas neste estudo foram implantadas houve tendência decrescente da mortalidade materna na instituição.
Descargas
Citas
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços de Atenção Materna e Neonatal: Segurança e Qualidade. Série – Tecnologia em Serviços de Saúde. capítulo: A Mortalidade Materna e Neonatal no Brasil e no Mundo p. 11-14, 2014.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual dos comitês de mortalidade materna. 3a ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2009
World Health Organization. Trends in maternal mortality: 1990-2015: estimates from WHO, UNICEF, UNFPA, World Bank Group and the United Nations Population Division: executive summary; 2016.
Santos, D.R. et al. Mortalidade materna na população indígena e não indígena no Pará: contribuição para a vigilância de óbitos. Escola Anna Nery. 2017;21(4):1-9.
United Nations. The Millennium Development Goals Report 2014 [Internet]. New York: United Nations; 2014 [citado em 2017 ago 30]. Disponível em: http://www.un.org/millenniumgoals .
Rodrigues NCP, Monteiro DL, Almeida AS, Barros MB, Pereira No A, O’Dwyer G, et al. Temporal and spatial evolution of maternal and neonatal mortality rates in Brazil, 1997–2012. J Pediatr (Rio J). 2016;92(6):567-73. http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2016.03.004 . PMid:27234038.
Ennen CS, Satin AJ. Reducing adverse obstetrical outcomes through safety sciences [Internet]. 2014 [citado em: 2017 mai 5]. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/reducing-adverse-obstetrical-outcomes-through-safety-sciences .
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS [Internet]. 2018 [citado em 2018 Jun 17]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br .
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS [Internet]. 2018 [citado em 2018 Jun 17]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/c03.pdf .
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Investigação do Óbito Materno [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2012 [citado em 2018 jun 24]. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/julho/13/3.d%20-%20Mortalidade%20materna%20CIT%20versao%20final.pdf .
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual dos comitês de mortalidade materna. Capítulo 2: Mortalidade materna. 3. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2007. p. 9-18.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços de Atenção Materna e Neonatal: Segurança e Qualidade. Brasília: ANVISA; 2014. p 53-82. (Série Tecnologia em Serviços de Saúde)
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica do Óbito Materno. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. p. 1. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
National Patient Safety Agency. Root Cause Analysis Investigation training materials [Internet]. London: NHS UK; 2014 [citado em 2018 jun 03]. Disponível em: http://www.nrls.npsa.nhs.uk/resources/collections/root-cause-analysis/rca-training-course-overview/ .
National Patient Safety Agency. Seven Steps to Patient Safety [Internet]. London: NHS UK; 2014 [citado em 2018 set 01]. Disponível em: http://www.nrls.npsa.nhs.uk/resources/collections/seven-steps-to-patient-safety/ .
World Health Organization. World Alliance for Patient Safety [Internet] [citado em 2018 set 01]. Disponível em: http://www.who.int/ patientsafety/worldalliance/en/.
Pereira, D.M.M. et al. Conhecimento e adesão às práticas de biossegurança em um hospital de referência materno infantil. Para Res Med J. 2017;1(3):e23. DOI: 10.4322/ prmj. 2017.023