Avaliação do estresse ocupacional em agentes comunitários de saúde de uma estratégia saúde da família

Autores

  • Cleverton Chaves dos Reis Universidade do Estado do Pará
  • Sérgio Alexandre Oliveira Malcher Universidade do Estado do Pará

DOI:

https://doi.org/10.4322/prmj.2017.014

Palavras-chave:

estresse ocupacional, agentes comunitários de saúde, estratégia saúde da família

Resumo

Objetivo: Determinar a prevalência dos casos de estresse ocupacional em agentes comunitários de saúde lotados na USF águas brancas localizada no município de Ananindeua-PA. Método: Um estudo quantitativo, observacional, transversal e descritivo durante o período de fevereiro a outubro de 2017. Constituída pelo total de 20 agentes comunitários de saúde (ACS) que estão devidamente lotados e trabalhando regularmente nas 3 estratégias saúde da família que compõe a UESF das Águas Brancas. Sendo 7 ACS na ESF águas brancas I, 7 ACS na ESF águas brancas II e 6 ACS na ESF Dom Bosco. Resultados: O perfil sócio demográfico foram encontrados 70% do sexo feminino, faixa etária de 50-59 anos com 35%, raça 65% são pardos, estado civil 50% são casados, com escolaridade 35% tem o ensino médio completo; Em relação aos fatores preceptores do estresse no trabalho a partir do inquérito ocupacional temos 70% que classificaram como média a satisfação com o trabalho, 75% consideram baixo o conforto no ambiente de trabalho, 40% consideram a temperatura é que mais causa incomoda quanto as condições do ambiente, 70% afirmaram que as tarefas não são monótonas já que estão intensamente executando seu trabalho, 40% afirmaram que o volume de serviço é excessivo sazonal, 40% são estudantes e 25% realizam trabalhos extras e 15% sofreram acidente de trabalho. Todos trabalham 8h durante a semana e 25% trabalham nos fim de semana na informalidade. Em relação aos sinais e sintomas mais prevalentes estão fadiga, dor nos músculos pescoço e ombro com 85% dos casos seguidas de dor de cabeça, indigestão e dor lombar com 80%. Em relação ao estresse ocupacional tivemos 45% para faixa moderada e o mesmo valor percentual para estresse intenso totalizando 90% dos casos.Considerações finais: Essa situação serve de alerta para que medidas corretivas e preventivas possam ser tomadas a fim de evitarmos a queda de desempenho e o adoecimento desses trabalhadores.

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Biografia do Autor

Cleverton Chaves dos Reis, Universidade do Estado do Pará

Médico de família e Comunidade, graduado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA); especialização em Medicina do Trabalho; professor substituto da Universidade do Estado do Pará.

Sérgio Alexandre Oliveira Malcher, Universidade do Estado do Pará

Médico de família e comunidade graduado pela Universidade federal do Pará; mestre em clínica de doenças tropicais pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará (UFPA); professor Assistente III da Universidade do Estado do Pará.

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Publicado

2017-09-28

Como Citar

Reis, C. C. dos, & Malcher, S. A. O. (2017). Avaliação do estresse ocupacional em agentes comunitários de saúde de uma estratégia saúde da família. Pará Research Medical Journal, 1(2), 1–6. https://doi.org/10.4322/prmj.2017.014

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa