O método fishbowl como estratégia para discutir terminalidade da vida na graduação em medicina
DOI:
https://doi.org/10.4322/prmj.2019.005Palavras-chave:
educação em saúde, estudantes de medicina, cuidados paliativos, direito a morrerResumo
Discutir a terminalidade da vida deve ser prioridade dos cursos de graduação em saúde. Tal importância crescente se justifica pela experiência ante morte ser algo além de um simples evento biológico. É uma experiência humana radical para quem vive e para quem cuida e acompanha o paciente. Inquestionavelmente é um momento de medo e incerteza, mas também de cuidados, amor e gratidão, e pode ser um ponto de reconciliação, responsabilidade, aprendizado e transformação para todos os envolvidos. Esta experiência teve por objetivo descrever as concepções de graduandos do primeiro ano de medicina acerca da terminalidade da vida, observadas durante atividade de educação em saúde realizada por meio do método fishbowl. Concluiu-se que o método fishbowl (aquário) trouxe benefícios para a atividade ao estimular alunos menos participativos a debater ao passo que mantinha em estado de atenção e observação aqueles que comumente eram mais exaltados. Evitando interdições prejudiciais ao processo de ensino-aprendizagem. Após a atividade educacional os alunos se mostraram mais confiantes sobre as temáticas abordadas e mudaram condutas no sentido de respeitar a vontade do paciente e inserir a família na tomada de decisões.
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