Variáveis neonatais em recém-nascidos portadores de atresia esofágica

Autores

  • Andressa Tavares Parente Universidade Federal do Pará
  • Gilmara Lopes Vaz Universidade Federal do Pará
  • Maria Victória Cravo Salustiano Universidade Federal do Pará
  • Karina Cristina Pinheiro Oliveira Universidade Federal do Pará
  • Gelma Helena Barbosa de Carvalho Universidade Federal do Pará
  • Angeline do Nascimento Parente Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.4322/prmj.2019.018

Palavras-chave:

atresia esofágica, neonatologia, anormalidades congênitas, perfil de saúde

Resumo

Objetivo: Descrever as variáveis neonatais de recém-nascidos portadores de Atresia Esofágica atendidos em um hospital de referência materno infantil da região Norte do Brasil, no período de janeiro de 2013 a fevereiro de 2018. Método: Estudo documental, retrospectivo e quantitativo em 50 prontuários de neonatos portadores de atresia de esôfago, internados em um hospital de referência. A investigação de dados/variáveis em prontuário ocorreu através de um roteiro de investigação no período de setembro a outubro de 2018. Resultados: Entre os 50 neonatos investigados, a média da idade gestacional foi 38 semanas, sendo 28 (56%) a termo. Em relação ao sexo, destacou-se 31(62%) feminino e 19 (38%) masculino. Quanto a via de parto: 32 (64%) dos neonatos nasceram por parto cesariano. A média de peso dos neonatos foi de 2,625 kg, destes 30 (60%) apresentaram peso adequado (>2.500g) e 17 (34%) baixo peso (<2.500g), sendo 27 (54%) considerado adequado para idade gestacional. A média do índice de Apgar no primeiro minuto foi 7 e no quinto minuto 8. Entre as intercorrências em sala de parto destacaram-se: a não progressão de sonda orogástrica em 37 (74%), desconforto respiratório presente em 33 (66%), intubação orotraqueal realizada em 18 (36%), manobras de reanimação neonatal foram utilizadas em 13 (26%). Conclusão: As variáveis neonatais encontradas na pesquisa assemelham-se a outros estudos sobre a anomalia, exceto o maior percentual do sexo feminino, que nos achados científicos têm-se a predominância da incidência no sexo masculino.

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Biografia do Autor

Andressa Tavares Parente, Universidade Federal do Pará

Enfermeira e bióloga; doutora em Ciências Ambientais; docente de Enfermagem Pediátrica da Universidade Federal do Pará.

Gilmara Lopes Vaz, Universidade Federal do Pará

Enfermeira, especialista em Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal pela Universidade Federal do Pará.

Maria Victória Cravo Salustiano, Universidade Federal do Pará

graduanda de Enfermagem da Universidade Federal do Pará.

Karina Cristina Pinheiro Oliveira, Universidade Federal do Pará

graduanda de Enfermagem da Universidade Federal do Pará.

Gelma Helena Barbosa de Carvalho, Universidade Federal do Pará

Enfermeira, especialista em Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal pela Universidade Federal do Pará.

Angeline do Nascimento Parente, Universidade Federal do Pará

Enfermeira, Universidade Federal do Pará.

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Publicado

2022-09-29

Como Citar

Parente, A. T., Vaz, G. L., Salustiano, M. V. C., Oliveira, K. C. P., Carvalho, G. H. B. de, & Parente, A. do N. (2022). Variáveis neonatais em recém-nascidos portadores de atresia esofágica. Pará Research Medical Journal, 3(2), 1–7. https://doi.org/10.4322/prmj.2019.018

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa